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domingo, 1 de janeiro de 2012

Editorial

"E colocadas estas, impõe-se colocar a questão sobre a mais intrigante das omissões ou ausências:

- Chegando a ser durante o séc. XIX os Serzedello (e em gande medida, os que ainda foram baptizados na pia Baptismal da Igreja de São Pedro de Serzedelo) uma das mais prósperas e aristocráticas famílias de Lisboa e tenham feito sucessivos casamentos com as demais famílias do séc. XIX, portuguesas ou estrangeiras cujos nomes cujos chegaram até aos nossos dias (Braancamp, Pinheiro Chagas, Brito Aranha, Iglésias, etc.), o mesmo acontecendo em boa medida no Rio de Janeiro a partir de 1830-1840 (o princípio das construções da comercial e próspera Rua do Ouvidor da activa baixa comercial carioca é empreendimento de um Serzedello iniciado por volta de 1830); sendo igualmente reputados de empreendedores, generosos, filantrópicos, empenhados no melhoramento das pessoas e dos lugares, como explicar que nada tenham feito na ou pela Póvoa de Lanhoso e que aí nada tenham deixado de seu para a história local?..."
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Nota técnica:
Com excepção do "Editorial", todas as datações são apócrifas; usar-se-á a data como um ordenador-indexador, a fim de manter agrupadas as publicações por épocas e temas. Pretendendo-se que este blog seja, sobretudo, um repositório, a datação é utilizada como forma de ordenar arbitrariamente as ditas publicações.
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Criar um Blog  sobre "Os Serzedello" quando qualquer um de nós,  na geração dos seus trisavós, já conta com 16 trisavós (e este número de avós duplica a cada geração mais que se recua) e outras tantas famílias distintas e igualmente "desconhecidas" umas das outras, pode parecer forçado ou obsessivo. Contudo - e apesar de não ser caso único na história da genealogia e patronímica portuguesas - há algumas peculiaridades nos "descendentes" deste apelido que poderá justificar este trabalho:

       - Os que exercem influência empresarial, económica, associativa, política e social até à década de 60 de oitocentos ainda são todos oriundos da Póvoa de Lanhoso e nascidos no então "Couto de Serzedello", concelho de Ribeira de Soaz (hoje S. Pedro de Serzedello, Póvoa de Lanhoso);

     - A assunção do apelido Serzedello não é local, não acontece no assento de nascimento,   mas acabaria por ser sucessivamente assumida por vários ramos e gerações ao ponto de vir a ser um verdadeiro passaporte social e económico durante cerca de 200 anos em Lisboa ou no Brasil;
    - Parecer haver, ao "olhar" para a atribuição deste e dos demais apelidos (Pereira e Vieira), um laivo de matriarcado porque são desde o início de 700 os apelidos das mães e foram os que ao longo de pelo menos 10 gerações (e 3 séculos) predominaram, mesmo quando continuam a ser os das mães (ainda que esta nuance possa ser explicada também pela função passaporte social);

   - Ao longo dos Séculos XVIII, XIX e princípios do séc. XX os Serzedello não são - salvo raras e muito pontuais excepções como será o caso dos António José e José António e dos seus júniores - progenitores de proles pequenas, pelo contrário, abundam as descendências familiares que contam seis, sete, oito (e até dez) filhos. Naturalmente que tantos rapazes e raparigas casaram com muitos outros rapazes e raparigas que trouxeram para juntar aos primeiros os seus próprios patronímicos, mas em grande parte desses casamentos, mesmo quando estes tomavam a cauda do nome, a meio mantinha-se teimosamente o Serzedello, assim resultando nos apelidos Serzedello Netto, Serzedello de Almeida, Dentinho Serzedello de Almeida, (um exemplo curioso e ilustrativo é o de Alice Carmen Neto Pereira Serzedelo Higgs de Almeida - fins do séc. XIX, filha de Carlota Augusta Neto Pereira Serzedelo e de Joaquim José d' Almeida) Serzedello do Nascimento, Serzedello Palhares, Serzedelo Presler e outras conjugações. Data desta altura uma das excepções conhecidas, a de Heitor Villa-Lobos[1], cujo sobrenome predominante seria o de seu pai (Silveira Villa-Lobos, açoreano) e não o da mãe (Pereira Serzedello). Ora foram também esses sobrenomes (ou apelidos) os que passaram para os seus filhos e filhas desde o séc. XVII até ao Séc. XXI, de tal forma que quando quando olhamos para o apelido Serzedello - e são ainda inúmeros os Serzedelo ocultos, isto é, os ramos familiares Serzedelo onde o sobrenome desapareceu nas sucessivas gerações! - na quarta, sexta ou oitava geração anterior de cada um de nós, não estamos a olhar apenas para um dos tais 16, 32 ou 64 avós mas sim para um autêntico chapéu de chuva que foi abrigando vários desses hepta, penta e trisavós à medida que deram o braço aos/às Serzedello, manifestação que entrando ainda, como se disse, pelo séc. XXI adentro, seria razão bastante para procurarmos perceber e explicar este fenómeno patronímico.

Por outro lado - e como nota de densidade e riqueza históricas - são de notar ainda os seguintes aspectos,

   - O facto de apesar de ir sofrendo a dispersão geográfica normal - e muito particularmente naquela época, a da segunda grande vaga de idas para o Brasil estimulada pela "fuga" da Família Real - ao longo das gerações seguintes a esmagadora maioria dos indivíduos dessas várias gerações se terem, em boa medida, reunificado num território quer físico, quer afectivo quer até profissional e económico: tanto em Portugal como no Brasil, os Serzedellos estão, ao longo do séc. XIX, tão e em tal número dedicados ao negócio químico-farmacêutico que  poder-se-ia arriscar dizer que pelo menos ao longo desse século, o apelido Serzedello, em Lisboa, no Rio de Janeiro, no Paraná, em Pernambuco ou até no Pará, significa "química/químicos e farmácia";

   - o pioneirismo desta (vasta) família no desenvolvimento químico e tecnológico daquele século, o Laboratório-fábrica da Margueira dos irmãos Serzedello (a Serzedello & Cia) que terá sido o maior laboratório do género até ao fim do referido século, levando, com os seus pares industriais e comercias de então, a destacadas presenças em várias exposições universais da segunda metade do século XIX, com destaque para a de Filadélfia em 1876;

   - o facto de serem progressistas ao longo de várias gerações, Constitucionalistas contra o Cartismo (José António Pereira Serzedello integrava em 1822 o grupo de subscritores de um manifesto constitucionalista e integrava a "Sociedade Histórica Constituição"), Setembristas contra o Cabralismo  (António José Pereira Serzedello e o filho AJP Serzedello Júnior eram Setembristas indefectíveis, sendo este último amigo pessoal de Rodrigues Monteiro e tendo sido também director-interino do seu "Revolução de Setembro");

    -  Terem estado envolvidos, em paralelo com as suas actividades empresariais de comércio e comércio marítimo, navegação e transporte marítimo de pessoas e bens, indústria (Serzedello & Companhia, Fábrica de Fiação e Tecidos Lisbonense e outras), banca (Banco de Lisboa e Banco de Portugal, Banco Comercial de Lisboa - mais tarde adquiirido pelos Espírito Santo - Caixa de Crédito do Rio de Janeiro),  na actividade político-administrativa (actividades que ao tempo, e a bem da ética, não eram remuneradas):
                 a) José António Pereira Serzedelo foi Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, b) o irmão António José Pereira Serzedelo foi Vereador da mesma Câmara e deputado das Cortes,  c) o seu filho António José Pereira Serzedelo Júnior foi igualmente vereador da Câmara Municipal de Lisboa, além de ter integrado várias comissões político-administrativas, merecendo destaque a Direcção Geral das Alfândegas (que, pelo reconhecimento da Nação e do Governo, lhe viria a trazer a Comenda da Ordem de Vila Viçosa);

     - Terem participado empenhada e profundamente no movimento associativo vertical, de pessoas singulares ou colectivas e de interesse profissional, empresarial ou sóciopolitico, sendo várias as Associações que ajudaram a fundar e que dirigiram (Sociedade Histórica Constituição, Sociedade Promotora do Esclarecimento das Classes Laboriosas, Ass. dos Emp Comércio, Assoc. Comercial de Lisboa, Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP.PT) Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL.PT), etc.;

     - Terem sido, com os seus pares, promotores do ensino nocturno para as classes trabalhadoras mas também de uma visão activa de responsabilidade social das empresas, criando ligo a partir de meados do séc. XIX bairros operários integrando escolas, cheches e enfermarias, sendo a caso da Fabrica de Fialção de Tecidos Lisbonense o mais interessante de estudar porque terá sido a primeira a edificar bairros operários integrando escolas e enfermarias; Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (pai e tio de outro Pinheiros Chagas também conhecidos), professor, jornalista e político do séc. XIX foi um dos professores dessas escolas;

     - terem tido ainda participação intelectual activa nas matérias sócio-políticas do seu tempo, e mais particularmente o AJPS Júnior, que viria a publicar "doutrina" em matéria de regulação bancária (princípios da emissão de papel-moeda e e circulação fiduciário) e de Economia Política: Foi conferencista e membro activo da Sociedade Promotora do Esclarecimento das Classes Laboriosas, além de estar com os seus pares da época, na 1ª Comissão Central do 1º de Dezembro (e do início da comemoração oficial da data da Restauração) e mais tarde da Sociedade Histórica Independência de Portugal (www.ship.pt) e ainda da Sociedade de Geografia de Lisboa (www.sgl.pt), na parceria de  homens definidos por biografistas da época como a nata intelectual da sociedade portuguesa e que os Serzedelo juntamente com Herculano, Braancamp, Pinheiro Chagas, António Augusto Aguiar, Brito Aranha, Silva Túlio e muitos outros, integravam;

       -  o seu papel doutrinador e referenciador na banca portuguesa,  desde o Banco de Lisboa (fundado em 1821/1822) até à fundação e Direcção do Banco de Portugal (que resulta da fusão do Banco de Lisboa com a casa bancária Confiança em 1847) e que sendo um banco tão igualmente privado quanto os demais, pouco depois da sua fundação era o maior banco português e o banco de referência; a direcção dos Serzedello (com os demais pares, naturalmente) durou 28 anos (AJP Serzedello pai de 1850 a 1872 e o AJP Serzedello Júnior de 1873 a 1878) e é uma direcção que marca o Banco de Portugal, quer em termos do seu crescimento, quer da aquisição da identidade proba que fez dele o banco de referência, o que teria como consequência que décadas mais tarde passasse a ter a exclusividade de emissão de moeda; sendo AJP Serzedelo Júnior favorável a uma certa liberalização/liberdade bancária desde que se respeitassem princípios sérios de emissão e circulação a bem da fidúcia das notas, depois de estudos e publicações avulsas, viria a publicar um documento doutrinário/doutrinador rapidamente "assimilado" pelo universo da economia, banca e finanças europeu ("os bancos e os princípios que regem a emissão e circulação das notas");  

      - o facto de haver pelo menos três indivíduos Pereira Serzedello distinguidos com nomeações da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa Padroeira de Portugal: foi atribuída a medalha do Grau de Cavaleiro ao acima referido José António Pereira Serzedello (além da medalha da Febre Amarela) em reconhecimento dos seus serviços humanitários na crise da Febre Amarela por volta de 1850; Foi nomeado Comendador da mesma Ordem o seu sobrinho (também acima referido) António José Pereira Serzedello Júnior, em reconhecimento do seu trabalho aturado e gracioso nas décadas de 60 e 70 do séc. XIX e mormente pela reorganização da tesouraria da Alfandega Portuguesa; Foi ainda nomeado Comendador outro seu sobrinho (e primo e cunhado do Júnior, filho da sua irmã Marianna Cândida), Bento José Barboza Serzedello, natural de Caires, Amares e já estabelecido no Brasil antes dos 30 anos (1860), pelo seu trabalho de cariz social e humanitário em obras sociais (Caixa de SOcorros Mútuos D. Pedro V, Liceo Litherário Portuguez, Venerável OPrdem Terceira da Virgem do Monte do Carmo e outrs) nas mesmas décadas de 60 e 70, no Rio de Janeiro. Em e conformidade existem estes três registos na Academia Farelística Portuguesa: Comendadores António José Pereira Serzedello Júnior e Bento José Barboza Serzedello; Cavaleiro - José António Pereira Serzedello.

             Os Pereira Serzedello não são uma família de "heráldica" e cuja história e cultura familiar se tivesse construído em torno de um couto, senhorio, domínio senhorial, ou similar. Pelo contrário, é uma família proprietários e empresários laboriosos e empreendedores que logo no início do Séc. XVIII se vão separando geograficamente, estando já radicados em Lisboa na segunda metade do séc. XVIII vários indivíduos Serzedello[2]. Sem prejuízo de a cada passo se ter que rever/reeditar este editorial, pela informação recolhida até agora, a diáspora dos Pereira Serzedello começou com os filhos de José Alvares e Josepha Pereira (Serzedello). A Josepha Pereira nasceu em 1685 (1685-1769) no lug de Cimo de Villa, casou em 1710 teve o seu primeiro filho (Domingos Manuel Pereira) em 1711 e em meados de 700 já estão radicados em Lisboa (paróquia de São Paulo) vários indivíduos Pereira Serzedello, embora sejam as duas últimas gerações nascidas no séc. XVIII as que virão a adquirir notoriedade pública em Lisboa, designadamente, João António Pereira Serzedello (neto de Josefa) que tendo nascido ainda na casa de família em Cimo de Villa, Serzedello (27 Jun 1762), na primeira década de 1800 já está estabelecido em Lisboa  como João António Pereira Serzedello & Cia - Drogas e prod. químicos (também por esta altura já está estabelecido em Lisboa um Bento Jos´+e Vieira Sedrzedello que será primo deste)  e em 1822 é um dos fundadores do Banco de Lisboa, banco que marca o início do Capitalismo Financiero em Portugal e logo a seguir e depois de terem sido oficiais militares, os sobrinhso deste, António José, António Joaquim e  José António Pereira Serzedello, filhos da sua irmã Maria Josepha Pereira Serzedello, todos nascidos nas duas últimas décadas do séc. XVIII no Couto de Srzedelo (hoje, São Pedro de Serzedello, Póvoa de Lanhoso).  Juntos criaram em 1822 a Serzedello & Cia, uma empresa (Laboratório-Fábrica) de química e farmácia que viria o ser o maior do séc. XIX, tendo durado cerca de um século e no qual terão trabalhado 5 gerações Serzedello. Na mesma altura, uma irmã daqueles, Marianna Cândida, casava para Amares, também no Norte do País, com um Barboza que já tinha negócios no Brasil, e deste ramo familiar sairiam ainda duas gerações de empresários que foram sucessivamente para o Brasil e para o mesmo negócio dos químicos e farmácia, aí se radicaram, destacando-se (no ramo dos químicos e da farmácia) - além de outros - o seu filho Bento José Barboza Serzedello que aos 17 anos de idade já estava no Brasil e em 1850 já era um industrial e comerciante nessa mesma área, e pelo menos um dos seus netos (e sobrinho daquela) Arthur Vieira Barboza Serzedello (farmacêutico), que logo no início de 900 estava estabelecido na Rua Sr dos Passos, no Rio de Janeiro com um estabelecimento de farmácia e material hospitalar.

Numa época em que não há meios de comunicação que permitam uma comunicação de proximidade ainda que relativa e por outro lado,  qualquer comunicação, indagação, partilha ou desabafo entre os parentes de Portugal e Brasil, por exemplo, teria de contar com um diferimento de pelo menos três a cinco meses na resposta; com uma separação (ou distância) espacial e temporal desta ordem, como explicar a origem destes tiques, preceitos ou determínios, incluindo a atenção, sensibilidade e actividade social que parece ser, em paralelo com as actividades económicas comuns, a outra grande grande marca familiar dos Serzedello (são três os Serzedello distinguidos com Ordens e Comendas no séc. XIX, dois deles primos carnais, um em Lisboa, o outro no Brasil, pelo sua filantropia, serviços/obras sociais e serviços graciosos de interesse público)?...

Ou ainda a filantropia de um Pressler Serzedelo que criou e pagou do seu bolso o primeiro jardim zoológica do Manaus?... Como explicar esta filantropia transversal aos vários indivíduos dos vários ramos familiares e de sucessivas gerações se não era pela via de uma comunicação estreita e permanente, porque não havia meios para tanto e tampouco seria ainda marca do apelido Serzedello porque nessa altura (fins do séc. XVIII, início do séc. XIX) o apelido Serzedello não seria ainda um passaporte ou salvo-conduto social e económico, viria a sê-lo, sim, a partir 1830/1840?... Se este "Clube" o não era pela via da comunicação estreita e da "tertúlia" regular, qual poderá ser a sua explicação, a da biogenética, uma de uma cultura transgeracional oitocentista que afecta tanto estes como os demais pares do seu tempo?...

E colocadas estas, impõe-se colocar a questão sobre a mais intrigante das omissões ou ausências:

- Chegando a ser durante o séc. XIX os Serzedello (e em grande medida, os que ainda foram baptizados na pia Batismal da Igreja de São Pedro de Serzedelo) uma das mais prósperas e aristocráticas famílias de Lisboa e tenham feito sucessivos casamentos com as demais famílias do séc. XIX, portuguesas ou estrangeiras cujos nomes cujos chegaram até aos nossos dias (Braancamp, Pinheiro Chagas, Brito Aranha, Iglésias, etc.), o mesmo acontecendo em boa medida no Rio de Janeiro a partir de 1830-1840 (o princípio das construções da comercial e próspera Rua do Ouvidor da activa baixa comercial carioca é empreendimento de um Serzedello iniciado por volta de 1830); sendo igualmente reputados de empreendedores, generosos, filantrópicos, empenhados no melhoramento das pessoas e dos lugares, como explicar que nada tenham feito na ou pela Póvoa de Lanhoso e que aí nada tenham deixado de seu para a história local?...

Algumas pistas:
- Os Serzedello nascidos em Serzedello em finais de 700 são são jovens oficiais militares na Lisboa da Revolução Liberal (1820); são Liberais indefectíveis entre os Liberais, são Constitucionalistas contra os Cartistas, são Setembristas contra Cabralistas;

- Tinham, como toda a sua vida demonstra, manifesta costela política; José António, Tenente, é membro fundador da Sociedade Histórica Constituição, um movimento criado "no dia seguinte" à aprovação da Constituição de 1822 e para a defender;

- Sabemos que o principal mentor (e rosto) das reformas administrativas das terceira e quarta décadas era Mousinho da Silveira, Um liberal Cartista que preferiu demitir-se da direcção das alfândegas ou até ser preso e a exilar-se (embora regressasse pouco depois), a jurar a constituição de 1822 (episódio protagonizado em Agosto de 1836) e podem adivinhar-se as tensões entre estas forças e aquelas que integravam os irmãos Serzedello (seriam assim referidos durante boa parte do séc. XIX), que continuavam activos na vida política da "Capital";

- Sabemos que Ribeira de Soaz foi extinto como Concelho, a seguir foi represtinado mas voltou a ser extinto quase imediatamente...

Assim, teriam os Serzedello alguma agenda para Ribeira de Soaz que acabando derotada pelas reformas de Mousinho da Silveira os fez amuar com a Póvoa de Lanhoso?...
...ou tratar-se-à de um caso de abandono e indiferença puro e simples?...

Asiol B Serzedello
Braga, Pt, 2010

[1] - É verdade, Villa-Lobos tem antepassados (tetravós) na póvoa de Lanhoso;
[2] - Embora ainda por validar, há documentos que podem vir a esclarecer se o Cerzedello que surge no Brasil em em meados do séc. XVIII (1759) já é desta família de Serzedellos;

Nota técnica:
As datas destas publicações são completamente apócrifas. Pretendendo-se que este blog seja, sobretudo, um repositório, a datação é utilizada como forma de ordenar arbitrariamente as ditas publicações.

1 comentário:

  1. Meu Nome é Jeanderson Serzedello, nasci no Rio de Janeiro Brasil e sou descendente direto do Comendador Bento José Barboza Serzedello. Gostaria de entrar em contato para saber mais da minha ancestral Josepha Pereira Serzedello

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