Ao longo de todo o séc. XIX e ainda início do séc. XX há um negócio que é o modo de vida da esmagadora maioria dos indivíduois Serzedello, em Portugal como no Brasil: Drogas/Drogaria, Químicos e Farmacêutica.
O primeiro "negociante" do ramo terá sido João António Pereira Serzedello ("João António Pereira Serzedello & Cia") na primeira ou segunda década de 800, mas no início da terceira década chamou para junto de si os seus sobrinhos que viriam entretanto a criar a "Serzedello & Cia" que tendo começado por importar/distribuir, nos anos 40 do séc. XIX constitui-se no que viria a ser o maior laboratório químico-farmacêutico do séc. XIX (artigo de Isabel Cruz, Profª de História e Filosofia das Ciencias na UNL - link).
Não conhecemos ainda como ou porque "acabou" a Serzedello & Cia, mas sabemos que atingiu expoente máximo quer enquanto negócio, quer em termos de tecnologia e inovação. Esteve presente nas principais Exposições Universais (Londres 1851, Paris 1850 e 1855, Filadelfia em 1876), tendo deixado um vasto rasto de referências na mais variada documentação.
Ainda nos anos 20 do séc. XIX outro negociante do ramo é dado a conhecer na praça lisboeta, José Bento Vieira Serzedello, mimetizando depois este negócio no Rio de Janeiro outros "primos" Serzedello que para aí foram emigrando com o apoio da família, sendo de admitir que tenham espandido esse mesmo negócio a outros lugares do Brasil. Dos Serzedello estabelecidos no Rio já falamos em post anterior, dos estabelecidos noutras cidades ou estados não temos ainda informação.
Mas ainda no início do séc. XX - e, seguramente, funcionando os Serzedello já estabelecidos como um IAPMEI informal e ad-hoc - havia Serzedellos a emigrar para se estabelecerem no Brasil, como é o caso de Arthur Vieira Barboza Serzedello, farmacêutico, que no início do séc. se estabeleceu na Rua Senhor dos Passos, 176 com uma farmácia, a "Farmácia Moderna de A. Barboza", completando o escopo comercial com a venda de material hospitalar.
ABS
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