Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Antº José Vieira Barbosa (Serzedello)

(1900) 

António José Vieira Barbosa (Serzedello)

(o Brasileiro da Calle)

É o primeiro filho de de Olívia Vieira da Cunha e José Joaquim Barbosa Serzedello. Nasceu em 17 de Abril de 1866 ainda na "Casa da Cangosta" (Casa da família materna).



Tendo o seu pai negócios no Brasil, onde se estabelecera como negociante na Praça do Rio de Janeiro, além de ali estarem radicados já dezenas de familiares Serzedello há quase um século, álém do seu próprio tio paterno Comendador Bento José Barbosa Serzedello, cedo foi para o Brasil, onde se estabeleceu, vindo a acumular consideravel fortuna. Empregou parte dessa fortuna em propriedades em Amares, que visitava regularmente e porque nessas propriedades se incluia a Quinta da Calle em Caires, Amares, adquiriu o cognome de Brasileiro da Calle (ao lado e abaixo, com o feitor e caseiros da Calle, em 1912) . Em 1934/35 fez a sua última visita a Portugal e porque quase estava extinta a família cá (toda a família sobreviva estava radicada no Brasil havoa décadas), liquidou todas as propriedades, regressou ao Brasil e  faleceu cerca de 5 anos depois (~1940). Casou com Amélia Barbosa, mas faleceu (faleceram) sem descendência.






quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Artur Vieira Barbosa (Serzedello)


(1900)
Artur Vieira Barbosa (Serzedello), n. 1879, f. em 1922
(Arthur Vieira Barbosa Serzedello)

Farmácia Moderna
Rua Senhor dos Passos, 167 - Rio de Janeiro

Oitavo filho de Olívia da Cunha Vieira e José Joaquim Barbosa Serzedello. No início de 900 foi para o Rio de Janeiro, onde estavam radicados já centenas de familiares Serzedello há quase um século, muitos deles também estabelecidos nas áreas da química e da farmácia e em ligação (e representação comercial) com o Laboratório Fábrica de Prod. Químicos dos familiares de Lisboa,  Serzedello & Cª, onde o seu próprio pai se estabelecera como negociante quase 50 anos antes, bem como o seu tio, (Comendador) Bento José Barbosa Serzedello e ainda onde estavam já, pelo menos, 3 ou 4 dos seus irmãos: António José, José Joaquim e a irmã Ricardina que viria a ser a tutora de Antónia Amélia, a sua única filha (e sobrinha daquela), em consequência dos falecimentos precoces que se iriam seguir. 
Estabeleceu-se como farmacêutico na Rua Senhor dos Passos (Farmácia Moderna de A. Barbosa).

Casou com Luisa Maria Barbosa em 1907 / 1908, e tiveram uma filha, Antónia Amélia. Tendo vindo casar a Portugal, regressou ao Brasil já com a Luisa Maria, tendo a filha Antónia Amélia nascido em 1909 no Rio de Janeiro. Em 1909 e em consequência do parto, Luisa Maria faleceu deixando órfã Antónia Amélia, com 6 meses de idade. Artur manteve-se viúvo, cuidando da educação da filha e do seu Estabelecimento, vindo ele próprio a falecer precocemente, com 41 anos de idade (1920).
Na informação recolhida (repositórios hemerotecários), as primeiras referências à actividade comercial de Artur Barbosa datam de 1904; são publicações oficiais do "Diário Oficial da União" (DOU). Ainda de acordo com os almanaques comerciais publicados entre 1900 e 1012, o seu estabelecimento - Farmácia Moderna - começou por estar instalado no nº 190 da Rua Senhor dos Passos e viria a radicar-se depois no nº 176 da mesma Rua.

Até à data do seu - precoce - falecimento em 1820, este (farmácia e correlativos) terá sido o seu modo de vida e o seu negócio.

 















quarta-feira, 1 de junho de 2005

Ricardina Vieira Barbosa (Serzedello)


(1900) 
Ricardina Vieira Barbosa (Serzedello) n.
a "Tia Ricardina" (n. 1783, f. ~ 1940)

É a 9ª filha (na ordem de nascimento) da "Casa da Vinha" (onde nasceu) e do casal Olívia da Cunha Vieira e José Joaquim Barbosa Serzedello. Nasceu em 29 de outubro de 1883 em Amares, Portugal;
foi baptizada em 6 de janeiro de 1884.

Notas do assento de nascimento:Nasceu às 8:00 AM na Casa da Vinha;
Padrinhos: José Luiz de Sousa Arantes, proprº e Felicidade Cunha Saraiva, sua mulher


Cresceu na "Casa da Vinha" e na pós-adolescência era dona de uma beleza e formosura de tal forma singulares que se tornaram proverbiais: Muitos anos após a sua ausência, ainda era referida como uma das mais belas jovens de Amares de sempre.
 
Casou por volta de 1900 com António Costa, um homem mais velho - o que, ao tempo, era normal e corrente - vizinho da "Casa da Vinha" e já estabelecido e com negócios no Brasil, tendo, em consequência directa desse casamento, ido para o Brasil nessa mesma altura, embora fosse para uma região (o Rio de Janeiro) onde se encontravam estabelecidos e radicados muitos familiares seus havia quase um século, além de, pelo menos, dois irmãos, António José e José Joaquim, além de Artur (Arthur) que, se não estava já no Rio, viria a juntar-se-lhes no primeiro ou segundo anos seguintes. Deste casamento teve um único filho, António, tendo enviuvado poucos anos depois. Anos mais tarde, António viria a tomar conta do estabelecimento e negócio do seu pai.

Ainda no Brasil, viria a contrair o seu segundo matrimónio com Ilídio Machado, ele próprio de naturalidade portuguesa e um quase-vizinho (natural de Figueiredo - Amares), de quem teve 4 filhos, Saturnina Emanuela, Judite (Judith), Mariazinha e Carlos, passando o seu nome de casada a ser Ricardina Vieira (Barbosa) Machado.

Por volta de 1920, empreendeu um "regresso" a Portugal, onde tinham propriedades, de quase 20 anos, trazendo consigo oa/as filhos e ainda a sobrinha António Amélia, de quem se constituira tutora após a morte do seu irmão Arthur :O marido Ilídio continuava no Brasil a gerir os seus negócios, Retrato da "Tia Ricardina" já regressada ao Brasil e com as filhas Judite (Judith) e Mariazinha deslocando-se a Portugal quando podia para estar com a família. Durante estes anos de "regresso" viveu em Figueiredo - Amares, tendo regressado regressando ao Brasil por volta de 1936. 

 Retrato da "Tia Ricardina" com as filhas Judite (Judith) e Mariazinha, todas já regressadas ao Brasil

quinta-feira, 3 de março de 2005

Carlos Augusto Pressler Serzedello

(1917) 
O Bosque Místico e Sagrado da Candelária

Ou "o cemitério dos heróis esquecidos da EFMM"
in memoriam
Carlos Augusto Pressler Serzedello
(n. 1876  + 1917) 
(http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=26142)


" Eles ainda estão lá, esquecidos e perdidos há quase um século, no meio do bosque místico, sagrado e histórico em que se transformou o Cemitério da Candelária, a dois quilômetros do centro de Porto Velho. São os 1.593 trabalhadores que vieram de 22 países de todos os continentes para lutar contra a selva amazônica e morrerem durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Madeira, e que ainda estão lá sepultados. 
Talvez não haja cemitério igual no planeta. É uma espécie de ONU (Organização das Nacões Unidas) fúnebre, Lá estão enterrados espanhóis, antilhanos, portugueses, gregos, bolivianos, italianos, venezuelanos, colombianos, chineses, turcos, peruanos, barbadianos, alemães, franceses, ingleses, austríacos, árabes, russos, porto-riquenhos, japoneses e dinamarqueses que a Madeira-Mamoré Railway Company recrutou no mundo inteiro para trabalharem na construção ferrovia (...) Eles foram sepultados entre 1.907, quando o cemitério foi aberto, anexo ao Complexo Hospitalar da Candelária, criado para tratar de funcionários da ferrovia, e 1.912, quando a ferrovia foi inaugurada. Era reservado só para os operários estrangeiros que morriam nas obras na grande ferrovia da floresta. Quando a construção da estrada acabou, e a maioria dos estrangeiros voltou para suas terras de origem, os que morreram foram abandonados pelos compatriotas sobreviventes. Não há registro de que algum deles tenha sido exumado para lugar algum. Heróis de uma das maiores obras da humanidade, nunca foram repatriados após a morte em terra estranha. Seus nomes foram esquecidos. Seus túmulos começaram a ser violados após a desativação do cemitério em 1920. As lápides foram destruídas ou roubadas. 
As tumbas desapareceram - As que não foram violadas foram engolidas pela floresta que ressurgiu no local. Árvores gigantes se ergueram sobre os túmulos, penetrando-os com grossas raízes, envolvendo, triturando e misturando os ossos com a terra. 
Uma ou outra tumba é hoje encontrada.. Uma delas, posterior a 1912, já do tempo em que brasileiros também eram enterrados no Candelária, é de Carlos Augusto Serzedelo, nascido em julho de 1876 e falecido em agosto de 1917. Os túmulos que sobraram estão escondidas pela floresta que tomou conta do cemitério abandonado (...) "

recorte da "Capital" de 30 de Agosto de 1917:



 Carlos Augusto Serzedello Pressler

Óbito


A CAPITAL - PARTE COMMERCIAL
Quinta-Feira, 30 de Agosto de 1917